domingo, 15 de setembro de 2013

Escrevedor.


Não tenho o dom da palavra
essas palavras que me fogem
escapam e depois somem.
É delicado, as vezes
enraivado depende do estado.
Do estado do papel 
do teclado ou do pincel.
Não existe palavras para o mundo
Não existe sonhos 
que ataquem tudo.
As histórias de amor
são restritas a poesias
coisa de ternura
que parece simpatia 
Só depende da postura.
De fato, odeio café
não sou desse tipo
que fala bonito 
em frente a qualquer lareira ou chaminé.
Chaminé de verdade nunca vi
nem sei como é.
Mas de fato 
aquela coisa de aprendiz
de "se morrer eu mato" 
que todo mundo diz.
é possível que eu entenda
Sei tudo que os livros me deixam saber
Já as coisas da vida, nunca aprendi a aprender.
E não quero!
A poesia inversa 
sempre me expressa
nos trocadilhos da dor dos outros
também são minhas dores tiradas do poço.
No dia em que o papel me tirar tudo isso
talvez eu tome um café, 
de qualquer inverno ensolarado com um adoçante
de sumiço.


- Mayara Ferreira

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